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MPF denuncia 36 investigados na Lava Jato; veja lista

Executivos da OAS, Camargo Corrêa, UTC Engenharia, Galvão Engenharia, Mendes Júnior e Engevix terão que devolver quase R$ 1 bilhão.

12 de dezembro - 2014 às 09h52
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Agência Reuters / ASCOM MPF

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça nesta quinta-feira, 11, 36 pessoas, entre elas, executivos de seis empreiteiras por vários crimes envolvendo um suposto esquema de corrupção na Petrobras e pediu que as empresas façam o ressarcimento de quase 1 bilhão de reais. No começo da noite, o MPF atualizou a lista incluindo o nome do presidente da construtora Camargo Corrêa, Dalton Santos Avancini. A relação de investigados inicialmente tinha 35 nomes. As empresas com executivos denunciados são OAS, Camargo Corrêa, UTC Engenharia, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, Engevix. Eles enfrentam uma ampla gama de acusações decorrentes da operação Lava Jato, da Polícia Federal, incluindo corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro, em um caso histórico que abalou o governo da presidente Dilma Rousseff.

"Nós estamos em uma guerra contra a impunidade e contra a corrupção, e a imprensa é uma aliada", afirmou o procurador Deltan Dallognol, ao apresentar as denúncias nesta quinta-feira, em Curitiba. As denúncias envolvem 35 pessoas, disse Dallognol, que ressaltou que as empresas simularam ambiente de competição em licitações da Petrobras e se reuniam de forma secreta para escolher os vencedores.

Veja lista:


Ele disse ainda que o esquema de corrupção envolvia a cooptação de agentes públicos. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, presente no evento, afirmou que dada a complexidade dos fatos, os processos judiciais resultantes da operação Lava Jato serão longos. "Seguiremos de forma serena e equilibrada, mas de forma firme e contundente", afirmou Janot. Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, também foi denunciado depois de fazer um acordo de delação premiada. Ele é um dos principais delatores do suposto esquema.

Costa passou seis meses preso neste ano na carceragem de Curitiba até aceitar acordo de delação, na qual denunciou um suposto esquema de sobrepreço em obras na Petrobras que alimentaria os cofres de partidos políticos, entre eles o PT, PP e o PMDB. Um exemplo de como o dinheiro da Petrobras foi mal gasto pode ser observado nos valores da Refinaria do Nordeste, em Pernambuco, o que motivou recentemente processos contra a estatal nos Estados Unidos. Relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apurou denúncias de corrupção na estatal indicou na quarta-feira que a chamada Rnest custou 4,2 bilhões de dólares a mais do que deveria.

A Engevix disse que, por meio dos seus advogados, prestará os esclarecimentos necessários à justiça. A Mendes Junior disse que não se pronuncia sobre inquéritos e processos em andamento. As empresas Camargo Corrêa, Galvão Engenharia, OAS, UTC não comentaram imediatamente as denúncias, assim como a Petrobras. As ações preferenciais da estatal de petróleo negociadas na Bovespa anularam a queda após a apresentação da denúncia.

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