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Termina greve em bancos privados e no BB

Paralisação continua apenas na Caixa Econômica Federal e no Banco do Nordeste.

07 de outubro - 2014 às 09h27
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A Tarde e Agências / Foto: Ilustrativa

Bancários de instituições privadas e do Banco do Brasil decidiram nesta segunda-feira, 6, em assembleia realizada em Salvador, suspender a greve da categoria, após sete dias de paralisação. A Caixa Econômica Federal e o Banco do Nordeste continuam em greve. As agências do Banco do Brasil e bancos privados funcionam normalmente a partir desta terça, 7, segundo o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos. "A categoria dos bancos privados decidiu por quase unanimidade que não ia ter mais caminho para avançar na proposta. Até porque outras bases sindicais aprovaram a proposta (da  Federação Nacional dos Bancos - Fenaban) e enfraqueceram a motivação nacional". Os bancários aceitaram a proposta da Fenaban de reajuste de 8,5% (2,02% acima da inflação) oferecida na última sexta. O acordo também contempla reajuste de 9% para o piso salarial e de 12,2% para o vale-refeição. Em 2013, após paralisação de 23 dias, o reajuste foi de 8%.

A proposta havia sido recomendada pelo comando nacional dos bancários e aceita em assembleias de outros estados, como São Paulo. No entanto, funcionários da Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste continuam a greve em busca de pautas específicas, como a isonomia de direitos entre funcionários novos e antigos, aumento de contratações, combate a metas de trabalho e assédio moral, segundo o presidente do sindicato dos bancários. "Nós trabalharemos ao longo do dia inteiro para  apoiar a luta do Banco do Nordeste e da Caixa para o fortalecimento das pautas específicas que estão em negociação com a direção das instituições financeiras. Vamos trabalhar amanhã (terça-feira) para avançar com as negociações", afirma  Augusto Vasconcelos.

Prejuízos

Representantes de associações de lojistas já apontam prejuízos causados pela greve dos bancários. Segundo o presidente da  Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), Antoine Tawil, o setor do comércio que trabalha com pagamento em dinheiro estava prejudicado com a dificuldade de clientes encontrarem caixas eletrônicos disponíveis para saques. "Infelizmente, nós reparamos que uma boa parte desse comércio, especialmente o comércio de rua, deu uma paradinha por causa da falta de dinheiro. Os bancos não estão abastecendo sempre os caixas eletrônicos. E quando tem dinheiro nos caixas, há uma fila interminável", diz Tawil.

Apesar de reconhecer as facilidades de pagamentos através de meios eletrônicos, como cartões de débito e crédito,  caixas eletrônicos, telefone e internet, Tawil afirma que  o percentual de vendas em dinheiro é de mais de 30%  no comércio de rua e nos bairros afastados do centro de Salvador. "Aposentados e pensionistas fazem o resgate dos benefícios em dinheiro mesmo.  E eles têm acesso dificultado aos caixas por filas intermináveis. Isso inibe a circulação de dinheiro no mercado e acaba prejudicando". Presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio das Bahia (Sindilojas-Ba), Paulo Motta afirma que o movimento grevista gerou problemas operacionais tanto para os comerciantes quanto para os consumidores.

Motta estima uma queda de 5%, em média, no faturamento dos lojistas desde que a greve começou. "As vendas ficam prejudicadas, quando o consumidor se retrai". Os representantes afirmam que com o fim da greve as vendas tendem a se recuperar.

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