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Empresa norueguesa adquire 60% da Galvani

Ainda não se sabe como a transação vai afetar a produção e os empregos da unidade de Irecê.

15 de agosto - 2014 às 18h47

“A aquisição representa mais um passo significativo na concretização de nossa estratégia de crescimento na América Latina, fortalecendo nossa posição no Brasil e mostrando nosso compromisso com o desenvolvimento e investimento na agricultura brasileira”, disse Joergen Ole Haslestad, presidente e chief executive officer (CEO) da Yara International, para comemorar a compra de 60% de participação da Galvani Indústria, Comércio e Serviços S/A. Para surpresa de muitos investidores dos setores de Indústria e Mineração, a transação no valor de US$ 318 milhões foi confirmada oficialmente nesta sexta-feira (15) pela CDI Comunicação Corporativa.

A Yara International é uma empresa fundada na Noruega, em 1905, e que possui distribuição comercial para 150 países. No Brasil, tem sede em Porto Alegre e escritório em São Paulo, três fábricas, 32 unidades misturadoras e um centro de distribuição, com presença nos principais polos de produção agrícola do país. 

“Além de contribuir com mais produção de fosfatados para a crescente demanda da agricultura brasileira, a combinação do espírito empreendedor e inovador da Galvani com as fortalezas globais da Yara viabilizará soluções mais adequadas de nutrição de plantas ao mercado brasileiro. Iremos contribuir para o desenvolvimento de uma agricultura ainda mais rentável e sustentável, ajudando a reduzir a dependência de fertilizantes importados no Brasil”, afirmou Lair Hanzen, presidente da Yara Brasil.

Incertezas - A transação está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica e outros órgão brasileiros anticoncorrenciais. Mesmo assim, a conclusão do negócio está prevista para o quarto trimestre deste ano. Segundo Rodolfo Galvani Jr., presidente do Conselho de Administração da Galvani, “este acordo com a Yara tem um significado que transcende uma joint venture tradicional. A empresa passa a contar com o parceiro ideal para a implantação mais rápida e eficiente dos seus projetos”.

Em 2013, as receitas totais da Galvani registraram US$ 352 milhões. A companhia possui capacidade de produção de cerca de um milhão de toneladas por ano por meio dos complexos industriais de Paulínia (SP) e Luís Eduardo Magalhães (BA). As duas unidades utilizam rocha fosfática originária das minas de Lagamar (MG), Angico dos Dias (BA) e Irecê (BA). 

Apesar do otimismo dos envolvidos na transação, ainda não se sabe como o negócio vai afetar a produção nas unidades e nem como o processo vai impactar a estabilidade dos funcionários da Galvani. A situação fica ainda mais carregada de incertezas se for levado em conta que, em abril, existiam até mesmo rumores sobre o fechamento da unidade em Irecê.

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