Daniel Pinto
Como não há dados oficiais sobre mortes (violentas ou naturais) na região de Irecê, no norte do Estado, o repórter policial Ricardo Freitas, da rádio 101 News, se dedicou a computar os óbitos nos últimos três meses a partir de informações do Instituto Médico Legal (IML). De acordo com o levantamento, entre 1º de janeiro e 31 março de 2014, foram registrados 33 homicídios, 24 mortes por acidente de trânsito, 3 suicídios, 11 afogamentos, 3 mortes acidentais e mais 4 durante troca de tiros com a Polícia. Ao todo, 79 óbitos no território durante o período. As cidades mais violentas são: Irecê, 11 assassinatos; Morro do Chapéu, 6; e Xique-Xique, no Vale do São Francisco, com 4. A escalada da violência na região começa a mudar os hábitos das pessoas, que já não andam mais tranquilamente pelas ruas.
Em Irecê, por exemplo, de 1º de janeiro a 31 março de 2014, o mesmo estudo aponta o registro de 1.100 queixas na 14ª Coordenadoria Regional do Interior (Coorpin). “O número seria bem maior se o sistema de informática não fosse tão deficiente. A verdade é que muitas ocorrência não são registradas porque o sistema fica fora do ar por muito tempo”, destacou Ricardo Oliveira, que atua na área policial há 13 anos. Enquanto isso, de acordo com o vereador Leonardo da Silva (PSDB), o número de policiais militares no município é “infinitamente” inferior ao efetivo recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
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